Pages

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Epifania - #ficadica #autoreflexão

Epifania. EPIFANIA!




A Wikipédia (grande fonte interminável de conhecimento virtual para pobres mortais como eu) define epifania como uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do afeto de alguém. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeça e agora consegue ver a imagem completa.

Nas ultima semana vivenciei alguns momentos de epifania.
Mais do que o normal, pelo menos.
Vivenciei uma sensação de plenitude, de uma grande certeza no meio do nada. 
Isso já aconteceu com você? Então, caso sim, talvez possamos chamar isso de e-pi-fa-ni-a.

Descobri tanto a compreensão quanto a essência do afeto de algumas pessoas ao meu redor. Pessoas importantes para mim.


Mas, afinal, o que é se sentir compreendido?
Eu achava que sabia o que era se sentir compreendido... Mas, então, eu tive certeza.
Mesmo que essa certeza não permaneça comigo pra sempre, ela está presente hoje. E isso, para mim, é o bastante por enquanto.

Se sentir compreendido é literalmente voar com os pés no chão. É liberdade. É aquele momento em que você pode ser verdadeiro com você e com as pessoas ao seu redor, sem que eles gostem menos de você. É poder mostrar o seu verdadeiro “eu”.
E, afinal, com quantas pessoas podemos ser honestos e sinceros, sem que elas se afastem de nós?

Se sentir compreendido é poder tirar um peso das suas costas. Um peso que nem você sabia que carregava.
E quando você tirar esse peso das suas costas, automaticamente vai conseguir achar essa sensação dentro de você. Uma sensação boa, sem definição clara. E, mesmo assim, segure-a.
Muitas vezes deixamos a felicidade “passar batida”, por medo de segurar.
Medo. Medo do que as pessoas vão achar. Medo por se questionar “e se der errado? e se eu mudar de idéia?”. 
Medo. Ele tira as nossas forças. Então, quando definimos segurar aquilo que realmente nos faz bem, já estamos fracos demais e deixamos escapar. Aí, a tal felicidade, que passamos tanto tempo procurando, passa em frente a sua casa, dobra a esquina e segue em frente.
Porém, a partir do momento que você resolver segurá-la, vai perceber que a felicidade vai tomar vida própria dentro de você. 
Acho que por isso as pessoas normalmente não conseguem achar uma definição única e mundialmente aceita para essa palavrinha mágica. Talvez essa definição simplesmente não exista. Felicidade é o que é. Ponto.

Então, quando você achar a felicidade em si...quando você achar esse sentimento com personalidade própria surgindo dentro de você... Segure.
Talvez esse seja o segredo necessário para você passar muito tempo apaixonado por si próprio.
E quando você achar a felicidade de ser compreendido no outro, seja essa pessoa um familiar, um amigo, um amor, um professor. Segure também. E faça questão de mantê-la na sua vida, não importa o cenário.

E eu, que sempre julguei tanto as pessoas que usam expressões como “achei minha metade da laranja” ou “achei a peça que faltava no meu quebra-cabeça”, passei a entender.
Se antes eu via como um sinal de fraqueza, hoje vejo como uma demonstração de força. Percebi que precisar dos outros não significa que não somos inteiros, não somos serem completos ou que não conseguimos ser auto-suficientes. Percebi que precisar do outro mesmo quando se é inteiro, é o que nos faz completo, é o que nos faz um todo realmente.

Esse é o paradoxo constante do amor verdadeiro: completar alguém que já é inteiro sozinho.

Descobri isso em mim e descobri isso no outro. Descobri a epifania.
Sim, eu descobri tanto a compreensão quanto a essência do afeto de algumas pessoas ao meu redor.


Mas, afinal, o que é sentir a essência do afeto?
Pode parecer meio cíclico, mas a essência do afeto surge na aceitação, na compreensão. Surge a partir do momento que conseguimos aceitar o outro da forma que ele é e resolvermos amá-lo assim. Sem mais, nem menos.

Isso não significa que a aceitação elimina a necessidade de melhora, de evolução. Não significa que você precisa aceitar qualquer defeito ou atitude negativa que vier da outra pessoa. Simplesmente significa que você está disposto a crescer junto com ela. E ela está disposto a crescer junto com você.

E se, mesmo assim, a outra pessoa é diferente demais, tem objetivos ou personalidade muito divergente da sua... A essência do afeto é deixá-lo seguir o seu caminho.
Afinal, se vocês não conseguem mais crescer juntos é necessário deixá-la ir.
Porque o amor verdadeiro não aprisiona. O amor verdadeiro liberta.

Aceitação não é se conformar. Aceitar é se dar ao trabalho de se colocar no lugar do outro para poder compreendê-lo. Mesmo que compreendê-lo signifique entender o suficiente para deixá-lo ir.
E, assim, amá-lo mesmo que estejam seguindo caminhos diferentes.

A partir do momento que você aprender a aceitar e compreender, você entenderá o é caminhar junto, torcer junto e crescer junto. Você aprenderá a ser verdadeiro com você e com o outro. E, assim, você vai entender o que é um relacionamento baseado na sinceridade. Vai entender o que é um relacionamento baseado na verdade.

E não dizem por ai que a verdade liberta?
Sim.
Descobri isso em mim e descobri isso no outro.
Descobri a epifania.

E o mais importante...eu descobri que a partir do momento que eu achar a epifania em mim eu passarei a ter as ferramentas para conseguir achá-la nos outros.
Mas cuidado, a recíproca não é verdadeira. A ordem dos fatores altera o resultado.
Essa é uma das poucas situações em que não existe o bom e velho “vice-versa”.


Thalita Gelenske
#ficadica

1 comentários:

Unknown disse...

Que tal você ser administradora do meu blog :http://meia-noiteeum.blogspot.com.br/

Pf bjkks gaby

Postar um comentário